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Grandes bancos correm para o mercado chinês de US $ 43 trilhões em meio à guerra comercial

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Em meio à amarga guerra comercial EUA-China, um desenvolvimento amplamente despercebido é a tentativa dos grandes bancos americanos de competir no setor financeiro da China, que cresce rapidamente. A China anunciou recentemente datas específicas em que começará a permitir a propriedade estrangeira total de empresas de serviços financeiros do continente. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China disse que os controles estrangeiros sobre empresas de futuros, empresas de administração de fundos e empresas de valores mobiliários serão descartados no próximo ano em 1º de janeiro, 1º de abril e 1º de dezembro, respectivamente.

"A China está muito determinada a reformar seus mercados financeiros e sabe que, sem os principais players americanos, é muito difícil falar em ter um mercado verdadeiramente internacionalizado", observa Michael Pettis, professor de finanças da Guanghua School of Management da Universidade de Pequim., por um relatório detalhado na Bloomberg. "Também faz sentido para a China acomodar uma fonte muito importante de apoio de lobby, especialmente porque há tão pouco nos EUA no momento", acrescentou.

Para isso, executivos das principais empresas financeiras dos EUA, incluindo JPMorgan Chase & Co. (JPM), Goldman Sachs Group Inc. (GS) e Morgan Stanley (MS), bem como empresas de fundos de hedge e private equity The Blackstone Group ( BX) e Citadel, reuniram-se recentemente com altos reguladores chineses em Pequim. No entanto, uma nova rodada de hostilidades pode estar escondendo suas esperanças. Especificamente, os EUA impuseram recentemente restrições à exportação de mais de duas dúzias de empresas chinesas, acusando-as de abusar de minorias muçulmanas, além de impor restrições de visto a autoridades chinesas, informa o The Wall Street Journal.

Principais Takeaways

  • A China está abrindo seu mercado financeiro para bancos estrangeiros, incluindo EUA.
  • Os reguladores chineses vêem isso como chave para reformar seu setor financeiro.
  • Os bancos americanos estão se movendo agressivamente para expandir na China.

Significado para Investidores

País mais populoso do mundo, com quase 1, 4 bilhão de habitantes, a China possui um sistema financeiro que já vale US $ 43 trilhões, por Bloomberg. Os lucros totais auferidos pelos bancos comerciais chineses em 2018 foram de quase US $ 267 bilhões, de acordo com um relatório da China Banking Association relatado pelo China Daily. O setor bancário dos EUA registrou lucros de US $ 62, 6 bilhões no 2T 2019, por dados do FDIC divulgados pela Reuters.

O sistema financeiro chinês está enfrentando uma série de problemas que os reguladores acreditam que podem ser controlados se instituições estrangeiras com melhores práticas de negócios puderem entrar no mercado. Entre essas questões estão altos índices de inadimplência de títulos corporativos, números crescentes de empréstimos podres, grandes erros contábeis de empresas públicas e registros imprecisos de candidatos a IPO.

"A abertura é uma maneira de pressionar as reformas do sistema financeiro, especialmente considerando os muitos grupos de interesses concorrentes", observou Li Haitao, destacado professor de finanças do reitor da Cheung Kong Graduate School of Business, em Pequim, à Bloomberg.

Enquanto isso, à medida que suas classes média e alta crescem, a economia da China está se tornando mais orientada para o consumo e a demanda por serviços de gerenciamento de fortunas também está aumentando. Além disso, seu superávit comercial estava diminuindo mesmo antes da guerra comercial.

"Para evitar desafios na balança de pagamentos, Pequim precisa atrair influxos de capital correspondentemente grandes e está avançando com a abertura do setor financeiro com essa realidade de longo prazo em mente", como Daniel Rosen, sócio da empresa de pesquisa econômica Rhodium Group, foi citado no mesmo relatório.

"Estamos todos entrando. Não estamos abrandando", afirmou Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, em entrevista à Bloomberg no início deste ano. Seu banco obteve aprovação para a participação majoritária de uma joint venture de valores mobiliários na China, com o objetivo de se tornar o único proprietário quando os reguladores o permitirem.

O Goldman Sachs se candidatou a assumir o controle majoritário de sua própria joint venture na China, o Goldman Sachs Gao Hua Securities, que fornece serviços de banco de investimento, como subscrição de títulos e consultoria de M&A, informa a Reuters. O Goldman já exercia controle operacional da JV, mas estava limitado a uma participação de 33% pelos reguladores. O UBS Group AG (UBS) e o Morgan Stanley também se candidataram a assumir o controle majoritário de suas próprias JVs, enquanto o HSBC Holdings Ltd. (HSBC) lançou uma JV de propriedade majoritária no final de 2017, como resultado de estar parcialmente sediada em Hong Kong.

Olhando para o futuro

O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), estatal, é o maior do mundo em ativos, com lucros anuais cerca de 33% maiores que o JPMorgan Chase, observa a Bloomberg. "O JPMorgan precisará ser seletivo em relação aos negócios que optarem por atuar, a fim de conquistar uma posição competitiva significativa na China", observa Benjamin Quinlan, CEO da empresa de consultoria de serviços financeiros Quinlan & Associates, em Hong Kong. "Eu não acho que eles jamais disputarão o ICBC, dado o tamanho dos recursos à disposição do ICBC", acrescentou.

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