Chartalism
O que é cartalismo?O chartalismo é uma teoria não convencional que enfatiza o impacto das políticas e atividades governamentais no valor do dinheiro. O economista alemão do início do século XX, Georg Friedrich Knapp, desenvolveu a teoria do chartalismo, definindo o dinheiro como uma unidade de conta com valor determinado pelo que o governo aceitará como pagamento por obrigações fiscais. Em outras palavras, o chartalismo afirma que o dinheiro não tem valor intrínseco, mas recebe valor do governo.
Principais Takeaways
- O chartalismo é uma teoria não convencional que enfatiza o impacto das políticas e atividades governamentais no valor do dinheiro.
- O economista alemão Georg Friedrich Knapp cunhou o termo, definindo dinheiro como um bilhete ou token que pode ser aceito como pagamento, mas não tem valor intrínseco.
- O cartalismo pavimentou o caminho para a Teoria Monetária Moderna (MMT), que argumenta que os governos são os emissores monopolistas de moeda e podem imprimir tanto dinheiro quanto precisam.
Entendendo o Chartalismo
Em economia, existem várias visões contrastantes sobre a natureza e o papel do dinheiro. Cada um deriva de uma das duas tradições: chartalismo ou metalismo.
O termo "chartalismo" vem da palavra latina "charta", que significa bilhete ou token - itens que podem ser aceitos como pagamento, mas que não têm valor intrínseco. Knapp cunhou o termo em seu livro The State Theory of Money, publicado em alemão em 1905 e em inglês em 1924, argumentando que "o dinheiro é uma criatura da lei", e não uma mercadoria.
Ao escrever seu livro, o padrão-ouro existia e dava valor à moeda. Pode-se ir a um banco do Federal Reserve, pelo menos em teoria, e exigir ouro por papel-moeda. Knapp contestou a teoria do metalismo, que definia o dinheiro como uma mercadoria com valor intrínseco amplamente aceito como meio de troca. Em vez disso, ele argumentou que o Estado é a autoridade suprema, com o dinheiro originado de suas tentativas de direcionar a atividade econômica.
A acadêmica Constantina Katsari afirmou que os princípios do metalismo e do chartalismo eram predominantes no sistema monetário usado no Império Romano desde o início do primeiro século até o final do terceiro século.
Hoje, o padrão-ouro já se foi e toda a moeda está em essência dinheiro fiduciário - tem valor porque o governo o emite e decreta que é curso legal para todas as dívidas públicas e privadas.
Cartalismo vs. Neo-Chartalismo
A noção de Knapp de que dinheiro é dívida criada pelo Estado mais tarde atraiu a atenção de economistas por trás da Teoria Monetária Moderna (MMT). Expandindo o trabalho de Knapp, os neo-chartalists postularam que os governos não precisam de impostos ou empréstimos para gastar, uma vez que são os emissores monopolistas de moeda e podem imprimir tanto dinheiro quanto precisam.
A teoria diz que os governos com um sistema de moeda fiduciária podem e devem imprimir dinheiro livremente porque não podem falir ou ser insolventes a menos que os políticos decidam o contrário.
Considerações Especiais
Nos últimos anos, a criptomoeda emergiu como uma séria antítese ao chartalismo e ao MMT. Moedas virtuais como o Bitcoin são emitidas em um mercado livre e aberto, não têm conexão com nenhum governo e ainda assim têm um valor entre o crescente número de pessoas que as negociam.
O movimento de criptomoeda se opõe aos sistemas monetários nacionais e bancários, bem como ao conceito de dinheiro com crédito. Sua crescente popularidade sugere que um pedaço da população mundial é a favor de um sistema monetário alternativo, livre de regras do governo, voltando às raízes do metalismo e à noção de que o dinheiro deve ser criado a partir de algo.
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